Sobre o futuro.

Há três anos eu escrevia isto:

"Lembrei-me neste momento, que eu havia respondido uma pergunta esses dias, e ela era sobre o futuro. A pergunta era: onde você se vê daqui cinco anos?

Bem, isso me fez pensar sobre o futuro. Para mim – e as outras pessoas, eu acho – o futuro é uma coisa incerta. Eu sei que eu tenho quinze e que isso é uma coisa que eu não devo me preocupar agora, mas é tão complicado tomar nossas próprias decisões e saber que isso é pro resto de nossas vidas... Quero dizer, se agora eu quero ser mãe e fico grávida, possivelmente em breve eu vou mudar de ideia. Sabe, isso é uma coisa incerta, porque em nossas vidas a gente não pode simplesmente apertar o botão “stop” ou retomar nossas decisões. Existem tantas coisas para explorar e viver! Quando você faz a escolha de, por exemplo, fazer medicina você tem que focar nisso. E isso são quatro anos – se não mais – da sua vida, então se você não gostar, e depois decidir mudar de profissão, bem... São quatro anos da sua vida! Você não pode ignorar!

Então quando eu respondi a pergunta, eu pensei sobre meus desejos, sobre as três coisas que eu gostaria de fazer agora e quando eu alcançar meus vinte.

E eu realmente espero que meus desejos não mudem até lá, porque pensar sobre o futuro é uma coisa muito complexa, e eu detesto coisas complexas."

Estou certa de algumas coisas: meus desejos mudaram, eu continuo detestando coisas complexas e ainda não decidi meu futuro por completo. É estranho, porque uma hora estou certa do que quero, já na outra, não tenho tanta certeza. A única coisa que sei desde quando escrevi este texto (há três anos) é que gosto de ler e gosto de escrever. Talvez isso seja uma dica para o futuro e talvez seja a hora de eu começar a trabalhar nele, moldar o que eu realmente quero. 

Quem sabe quando esses cinco anos fecharem eu já esteja em uma boa posição sobre isto? Eu espero que até lá eu já tenha me decidido e seja uma pessoa contente com minhas escolhas. Espero também poder contar aqui como foi este processo. Tomara que não seja nada complexo, porque, como eu disse antes, eu detesto coisas complexas.